Jornal Andanças
      

    
Jornal #7 - Domingo
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De todos, com todos, para todos...
O dicionário define sinergia como uma ação conjunta de coisas, pessoas ou organizações, com vista a obter um resultado superior ao obtido isoladamente por cada uma das partes. Sinergia  pode, neste contexto, ser a palavra que encapsula o espírito Andanças, se o tivéssemos que prender a uma só palavra.
Mário Rainha Campos, fotógrafo, psicólogo educacional, arte-educador, humanista, homem do mundo, pai e tantas outras coisas, tem sido um participante assíduo do festival  Andanças desde 98. Em 2009, quando o festival ainda se celebrava em Carvalhais, foi pintado o “Muro da Sinergia” a muitas mãos, o qual influenciou Mário e um grupo de artistas colaboradores –  a Susana Tavares, a Sara Felício e o João Condeça  a criar o projecto que agora se vê crescer nas paredes da casa amarela, no ano em que se celebram 20 anos de Andanças.
Mário explica que “com este mural pretendemos participar na transformação simbólica e real do lugar onde nos próximos anos vai acontecer o Andanças. Esperamos que após este movimento, a casa pintada passe a ser conhecida por Casa da Sinergia. É um projecto de todos, com todos, para todos. Um presente para o futuro".
A escolha da Casa Amarela surge por estar no centro do recinto. É numa das suas fachadas que nos primeiros dias do festival  Mário começou a fotografar os participantes de corpo inteiro. Desta recolha surgiu “uma variedade de formas, gestos, intenções e interpretações que representam bem o que é a energia do Andanças”. Evocando a luz no escuro da noite, estão a ser projectadas e desenhadas as silhuetas das imagens captadas, que recriam silhuetas em corpo inteiro. Quando este processo estiver completo, começará a pintura interior de cada figura numa cor diferente que proporcionará aqueles que derem a volta à casa ver todo o espectro cromático, um arco-íris da sinergia Andanças preso às paredes.
Foram disponibilizados recipientes com barro, água e pigmentos alimentares para que todos possam pintar os corpos e criar a tribo Andanças deste ano. Quando as cores começarem a preencher as silhuetas, todos, incluindo músicos, animarão de forma improvisada um momento simbólico que ficará marcado para o futuro, neste espaço de comunhão que esperemos sirva de legado a pelo menos mais outras 20 Andanças. 

Reportagem vídeo.
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Festa de celebração/encerramento
Hoje, às 17h, o trabalho no festival vai parar por umas horas, para que celebremos o encerramento da 20ª edição do Andanças. Fecham todos os serviços (excepto o posto médico) para que, todos juntos, organização, voluntários, coordenadores, artistas e participantes possamos reunir-nos e fazer a festa. 
Acompanhem as equipas do Chapitô que vão estar a desfilar a partir de diferentes pontos do festival e venham sorrir, cantar, tocar, dançar e apagar as 20 velas do Andanças, junto ao Palco X. A partir desta hora abrem-se também as portas e toda a gente poderá entrar.
Durante a manhã, entre as 8.30h e o meio dia, venham partilhar a vossa receita e fazer o bolo de aniversário, que vai ser construído com essas várias receitas. 
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Com o Finzinho a Aproximar-se, Só Pedimos o Início de Mais Um
Durante uma longa e inesquecível semana, por entre milhares de pessoas e momentos intensos, partilhámos muitos sorrisos, ouvimos muita música e experimentámos muita dança. O Andanças chega ao fim mas não significa que a diversão acabe!
No intuito de continuar a promover a música e dança de raíz tradicional assim como favorecer intercâmbios culturais através de novas manifestações artísticas, a próxima proposta da PédeXumbo é o Festival Planície Mediterrânica, uma produção integrada na rede cultural do Festival Sete Sóis Sete Luas. Aquele festival celebra a tradição e a identidade mediterrânicas de cerca de 30 pequenas cidades de diferentes países do sul da Europa, e nos próximos dias 11, 12 e 13 de Setembro chegará a Castro Verde. Somos convidados à troca de experiências entre culturas através das artes, dos sabores e
da maneira de ser e estar alentejanas, e a escutar o sonante Cante Alentejano. O Planície Mediterrânica presenteia-nos com uma programação variada e incluirá bailes, teatro, oficinas, exposições, residências artísticas e várias animações musicais e de rua.
A PédeXumbo é a responsável pela programação de bailes e oficinas de instrumentos e danças neste festival. Ao longo do ano e no seu próprio espaço, em Évora, esta associação programa também oficinas de dança, música, concertos, bailes e tertúlias para vários públicos. Além do Andanças organiza outros festivais em todo o país, como o Entrudanças por altura do Carnaval. Dinamiza aulas regulares de dança junto de escolas, projetos comunitários de educação artística, e promove ações de formação que exploram diversas vertentes das danças de raiz tradicional.
Estejam atentos à Programação e não percam a próximas danças!
Jornal #6 - Sábado
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Sound Traffic - Música experimental ao lusco-fusco com sinais de trânsito!
20:15h Zona Social ao lado do Palco X
Mudemos de perspetiva: instrumento musical como objeto ou objeto como instrumento musical?
O experimentador de sonoridades Vitor Óscar Fernandes ou simplesmente Bitocas, desafia-nos com um projeto performativo, com instrumentos musicais criados a partir de sinais de trânsito. Inovador e criativo, este músico apela à nossa participação numa orquestra improvisada aqui no 
Andanças que irá se juntar todos os dias à hora do lusco-fusco, em diferentes espaços do festival, fora dos palcos. O convite alarga-se a todos aqueles que são capazes de bater, soprar, abanar, arranhar, deslizar e deixar cair.

Para fazer SOM são precisas 3 coisas: matéria, movimento e atrito. Para fazer Música basta juntar um músico com musicalidade dentro de si.

Estão todos convidados a participar e a tocar livremente!
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20 Andanças
“O meu primeiro Andanças foi há 15 anos. Fui como participante, e foi uma experiência lunática. Cheguei ao fim da semana e apercebi-me que não tinha comido quase nada porque queria fazer o programa todo!” Marta Guerreiro começou assim, foi depois voluntária, evoluiu para coordenadora e faz hoje parte da direcção da PédeXumbo. Tal como Mercedes Prieto, Elsa Shams e Petchu, professores que estão desde o início, recorda com alguma nostalgia a escala familiar do festival, que fazia com que toda a gente rapidamente se conhecesse. Elsa lembra-se que “os miúdos andavam todos por ali e qualquer pessoa cuidava deles. Dançávamos todos juntos e comíamos todos juntos.”
Mercedes esteve na génese do festival. Como galega interessava-lhe a promoção e a valorização da música e danças tradicionais e, ao chegar a Portugal conheceu um grupo de pessoas, onde se encontravam Paulo Pereira e Diana Mira, com o mesmo interesse e com vontade de pôr os Portugueses a dançar mais. Nascia então o Andanças, num formato totalmente diferente do que tem hoje, num teatro, em Évora.  
A história de Petchu com o festival remonta também a este primeiro ano, e a um acaso. “Tinha chegado com a minha companhia, de Angola, e estávamos a actuar na estação de metro, no Marquês de Pombal. A Diana Mira andava a distribuir flyers e parou para nos ver. Depois convidou-me para actuar no festival, que ia acontecer passado uns meses.” Desde esse ano, só falhou a edição de 2014. “Mesmo se já não estiver cá nesta vida daqui a 20 anos o meu espirito estará aqui a zunzar”. 
A evolução do festival tem acompanhado o crescimento do interesse do público. Há muito mais gente, as necessidades, a dinâmica e a organização têm de ser diferentes também. Marta sente que se geraram “outros momentos. Não se consegue aquela intimidade, mas conhecem-se muito mais pessoas e há alturas em que estamos todos com a mesma energia, e todos a fazer a mesma coisa.” Elsa acha que, apesar deste crescimento, ainda se consegue criar uma relação de proximidade entre as pessoas, e que a dinâmica com ainda se mantém muito mais pessoal que em qualquer outro lugar.
O festival, hoje, tem uma grande diversidade, o que traz muitas pessoas diferentes. Mercedes reconhece esta vantagem, mas gostava de o ver mais fiel à ideia original, de recuperar tradições, e de as preservar, e com menos fusão. Mas sente também que o Andanças continua a “plantar uma semente muito forte nas pessoas. Deixa uma marca emocional que é muito difícil de tirar”.
O desejo comum para os próximos 20 anos, é que as pessoas continuem a vir ao festival com este espirito de partilha, de comunidade. Que venham para dançar, para aprender, e para sair de cá com o coração cheio e um sorriso na cara, “como fazemos sempre”. 

Reportagem vídeo.
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Arte na Natureza
Pedras, recantos escondidos, clareiras mágicas e ruínas antigas convidam à interação entre o natural com instalações artísticas. Presente no espaço, surgindo nas oficinas. A arte aparece no Andanças sob todas as formas e feitios, e no espaço encontramos vários projetos que surpreendem e nos convidam à contemplação artística no meio da natureza. 
A caminho do anfiteatro encontramos uma roulote. “Duas luvas. Dois utilizadores. Cada utilizador calça uma luva. O movimento das luvas controla som e imagem. Memórias são desta forma evocadas e construídas em tempo-real. Nas mãos, um interface de linguagem universal.” É desta forma que os THNDRPPL, coletivo artístico, descrevem o Sequenciador Humano, instalado na Roulote, um espaço artístico em movimento que se expande para além de si e absorve o contexto, história e características da comunidade onde se integra, neste caso, o Andanças. Pela vontade de aproximar  a arte contemporânea a públicos e realidades particulares, acolhe agora, um espaço para diálogo, de memória partilhada onde quem compõe a experiência constrói sentido de um modo intuitivo e quem assiste de fora o faz de um modo racional. 
Uma expressão dá nome ao projeto. Fotografias em time-lapse são o que o vão compondo. Com o objetivo de que cada um dos que dá forma às imagens descontraia e se concentre, num ambiente e forma de estar que se vive, aqui, para tirar uma fotografia. Uma cadeira para sentar e aproveitar faz parte do cenário. Num outro, uma moldura, onde se pretende que as expressões sejam trabalhadas e se sinta o objeto com as mãos e o corpo. Descontrair, e estar.
O Coletivo Nora apareceu em Águeda com a vontade de criar uma linguagem diferente e criativa entre a cidade e os seus habitantes, construindo um meio de divulgação de ideias através de intervenções artísticas em espaços públicos. Fiel de Armazém toma forma num antigo chafurdão, que se encontra junto ao Palco Dj, recorrendo aos desperdícios e materiais inutilizados existentes no armazém da Câmara Municipal, onde construção e desconstrução se misturam.
Num ano em que se comemoram os 20 Andanças, os Tetrifragmentos convidam os participantes do Andanças a (re)visitar a imagética que tem pautado o festival ao longo destas duas décadas, pela criação de uma amalgama de imagens, notícias, fotografias, e outros recortes, num painel conjunto. Através da reciclagem de papel, mantêm a preocupação ambiental, e surgem da vontade comum de reciclar imagens de agendas culturais, jornais, revistas, cartazes e outros com o objetivo de reunir e divulgar trabalhos individuais e coletivos. Sábado, às 14h, vamos todos a (re)criar a história juntos!
Jornal #5 - Sexta-feira
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A Tradição Portuguesa no Andanças
Distribuídas um pouco por todo o país, as danças tradicionais portuguesas corriam o risco de extinção. As coreografias animadas ao som do bater de palmas, cantares, guitarras e acordeões perdiam-se no tempo. O vira, a chula, o corridinho, a tirana, o fandango e algumas das tradições de namoro e galanteio de cada região desapareciam.

Podem imaginar? Não! Claro que não!

Nasceu o Andanças e a PédeXumbo e, posteriormente, outras estruturas e festivais dedicados à promoção da música e da dança tradicional. Criaram-se pontos de encontro para músicos, bailadores e curiosos  e viram-se nascer projectos musicais em momentos de Jam sessions, fora dos palcos. Da mesma forma, estes espaços de sensilização e formação em dança encontraram interessados em desenvolver projectos de dança e em profissionalizarem-se. Assim, muitos grupos de tradição portuguesa adquirem hoje um repertório de fusão, com origem nas danças portuguesas e influências de danças francesas, italianas, suecas, polkas e scottish.
Há uma grande adesão dos “Andantes” em conhecer este património do que é “nosso”.
Algumas danças mandadas de roda continuam vivas e recebem cada vez mais adeptos. As chamarritas dos Açores, as valsas mandadas e as contradanças do Minho, que fluem ao som dos mandos dos mandadores, continuam a existir nos bailes e romarias próprios de cada região. Aqui no Andanças encontram um espaço de divulgação, alimentam a curiosidade de muitos e são sinónimos de identidade regional e nacional.

Reportagem Vídeo
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Dia aberto: 20 Andanças a caminho da sustentabilidade
Pensar o Andanças como um evento sustentável, vai muito além da iniciativa, que nos deixa o som das canecas a tilintar nas algibeiras como uma parte da nossa memória do festival, que evita, entre outras coisas, o empilhamento residual de plástico e outros desperdícios.
No dia 6, embebido no espírito de partilha de experiências, de construtividade, de evolução e crescimento sustentável, que é a visão que a organização tem do futuro, realizou-se o dia aberto com o tema “20 Andanças a caminho da sustentabilidade”. É o terceiro ano que o convite é feito a diversas organizações locais de cariz associativo e cultural e a todos os parceiros como entidades autárquicas, a EDP, a CP, entre outros.
À sombra de três portentosos eucaliptos, com a barragem azul de braços abertos e os fardos de palha amarela a delimitar o círculo sentado, falou-se, entre muitos tópicos, sobre a quantificação do desperdício, por exemplo, do que se come (e o que não se come) na cantina, do consumo de energia, dos 
resíduos líquidos, estando uma equipa de técnicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa a elaborar um estudo comparativo neste âmbito, falou-se da escolha do local e da visão que se tem do mesmo para o futuro com a criação de um Ecoparque, falou-se dos desafios logísticos e do impacto das emissões produzidas com a chegada de tanta gente à barragem de Póvoa e Meadas, do envolvimento da comunidade local e do uso de bens produzidos na região, da logística da receção dos companheiros de quatro patas que transformam o “ festival num evento bio diverso”. Mas talvez um dos aspectos mais interessantes abordados, um cujo impacto só o tempo quantificará, é a participação diária de mais de 1100 crianças. O sociólogo Karl Manheim disse: "O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade”. Fica então um registo Andanças para mais 20 anos de festival.
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Sugestões para hoje
Cantiga para os que partem
Imaginam uma viagem imaginária? Começamos com sons do campo, segue-se um caminho, e uma chegada ao sul de França, onde se escutam cantos tradicionais. A Cantiga para os que partem traz-nos uma mistura de música eletrónica, contrabaixo e a voz da convidada Teresa Campos sobre Portugal 2, uma curta-metragem francesa de 1969. Nasce da vontade de criar algo com o festival e as gentes daqui, e lembrar os tantos que emigraram para França, numa estreita ligação que de alguma forma nos une. Mas não é apenas uma ida. É também um regresso. E um reavivar de uma viagem que não existiu, de um avô português que emigrou, mas não voltou. Vamos caminhar, partir, regressar? Às 11:30h do dia 6 e do dia 7, no Anfiteatro do Andanças.
Festival Caminhos do Cinema Português
Partilhar arte e cultura é a estreita afinidade que o Festival Caminhos do Cinema Português encontra com o Andanças. O Espaço Cinema  acolhe ao longo destes dias um registo fidedigno do panorama da produção cinematográfica portuguesa anual, com uma grande amplitude de trabalhos. A partir das 22h de cada dia somos convidados a uma seleção de curtas e longas metragens para diferentes públicos-alvo que nos permitem conhecer, comparar e compreender melhor  o cinema nacional.
Jornal #4 - Quinta-feira
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Bailando no Espaço Criança
Escutamos risos, sentimos vida, a alegria e excitação misturam-se com a tranquilidade. Estamos no anfiteatro natural que recebe o Espaço Criança do Andanças, onde a programação é especialmente dedicada aos mais pequenos e às famílias. Rodeado de sombras e envolto na natureza, decorrem aqui ao longo do dia várias atividades em simultâneo que incluem oficinas de danças, bailes, circo, teatro, oficinas criativas e de instrumentos, sessões de contos, oficinas de relaxamento, de meditação ou ainda de yoga, adequados a um público tão exigente. 
A importância da música e da dança no desenvolvimento da criança são o mote. Os mais velhos realçam a dança como forma de expressão, que oferece às crianças uma noção de trabalho do corpo, agilidade e consciência corporal. A música, como instrumento que nos leva a outras dimensões. Escutar, desfrutar e criar são essenciais para a educação e bem-estar, a sensação de liberdade e a conexão com o mundo através dos sons.  Tudo isto se materializa nas oficinas: percussão, rock'n roll e muitas outras danças e músicas permitem que cada um escolha o que mais lhe agrade e possa bailar, tocar e cantar o que tem dentro e o que podemos criar em conjunto e sinergia.


A criatividade e a arte dão forma ao espaço. Aqui desenha-se, pinta-se, recorta-se e constrói-se. Pinturas, instrumentos, mandalas, objetos em barro ganham forma. E os resultados juntam-se à natureza, acrescentando mais cor e vida ao anfiteatro. O ritmo é também marcado pela espontaneidade. A energia é muita e, por vezes, atividades de relaxamento tornam-se mais animadas, conta-nos a Neide, uma das coordenadoras do Espaço Criança. Entre árvores, paus, pedras e água, juntam-se às atividades programadas outras tantas improvisadas com o que este espaço e a imaginação oferecem. Outros, optam por visitá-lo simplesmente para descansar e recarregar energias.
Trazida pelo Muhnac (Museu Nacional de História Natural), e em variadas oficinas, a ciência é também uma componente presente em várias atividades que decorrem durante a semana. Desde um regresso à pré-história pela construção de dinossauros com rolos de papel, jogar com a matemática, conhecer as plantas ou entender a importância da reciclagem e reutilização, estimula-se e alimenta-se a curiosidade pelo que nos rodeia e a vontade de o cuidar.
A música e a dança fundem-se  com as palavras. Cantos, contos, histórias e danças tomam forma neste espaço e levam miúdos e graúdos a mundos imaginados e reais. Animadores trazem alegria nas mais variadas formas, incluindo-se ainda o circo entre as atividades propostas.
Num espaço dedicado às famílias, mas para todos, celebra-se a alegria de viver,  de criar, descontrair, expressar e dançar, muito!

Reportagem Vídeo
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Mostra de Artesanato – Mercado Andanças
Comprar com saber
Na rua do mercado, alinham-se mostradores com artefactos delicados de outras paragens, brincos, colares e pulseiras singulares, sandálias de tiras de coro que parecem agarrar o arco-íris, tampas de embalagens metamorfoseadas em simpáticos robôs, sabonetes e loções que nos enchem o corpo com as flores e os aromas da terra, um yurt onde taças tibetanas sonorizam massagens. 
Por trás de cada tendinha está uma pessoa e um sorriso, e muitas vezes os próprio criadores desses objectos. Para que o que levemos do Andanças este ano, (além das memórias felizes e do corpo cansado) seja algo pensado, único e marque a diferença, os artesãos vão fazer uma mostra dos seus saberes e da sua arte, em demonstrações individuais dos trabalhos, dos materiais base com que são feitos e da sua utilização, numa tenda instalada na praça central. Fica o convite para se juntar a eles esta semana. 
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Andamentos em Póvoa e Meadas
Desde que o Andanças se mudou para Castelo de Vide, em 2013, que o trabalho com a comunidade vai ganhando raízes. A Comunidade é um dos quatro pilares do Andanças. Pretende-se contribuir para uma relação de proximidade e envolvimento da população local, para que sinta e viva o Festival como seu; e contribuir também para o desenvolvimento cultural e económico, atraindo e gerando riqueza para a região.

Os Andamentos são uma das actividades que promovem este compromisso, e aconteceu ontem. Partiu-se bem cedo a pé, da barragem, em direcção à aldeia de Póvoa e Meadas, numa caminhada comentada por Nuno Félix, assistente técnico de arqueologia. O dia decorreu com actividades 
proporcionadas por gente da aldeia: prova de pão, passeio com um historiador, conversas com os habitantes, almoço tradicional, visita e actividades no Museu de Póvoa e Meadas e conversa e oficina de costura com o Grupo de Bordadeiras de Póvoa e Meadas. Ao fim da tarde, houve uma Oficina de Danças Tradicionais Italianas, aberta a toda a gente. Esta oficina preparou o baile da noite com Traballo, que ocorreu no coreto e juntou os participantes do festival aos habitantes da aldeia. Antes disso, fez-se um jantar comunitário no Lar de Póvoa e Meadas, acompanhado de Contradanças apresentadas pelo Rancho Nossa Senhora da Graça. Um dia completo, dedicado à aldeia de Póvoa e Meadas, levou até ela o festival, e trouxe o saber local, as tradições, a gastronomia e as histórias dos habitantes até aos participantes.
Jornal #3 - Quarta-feira
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Opções para a sustentabilidade
Sustentabilidade
Respeitar o ambiente para respirar melhor, adotar boas práticas para reduzir impactes ambientais, dinamizar e difundir essas práticas de forma progressiva, responsabilizarmo-nos pelos recursos que consumimos e o lixo que produzimos, são alguns dos motes deste 20º aniversário do Andanças.

Todos podemos estar sensíveis ao impacte ambiental, social e económico que um evento da dimensão do Andanças produz, basta estarmos atentos! Daí que adotarmos as medidas sugeridas não só permite que o festival toque na Terra de forma mais suave como nos incentivará a espalhar este sentimento local através dos nossos amigos e família para uma escala mais global.

Zero desperdício
Aqui não há loiça nem talheres de plástico descartável e, caso não haja alternativa, usamos copos e pratos de papel que são depois encaminhados para a compostagem local. O uso da caneca tilintante à cintura é mandatório. Tanto nos permite manter-nos hidratados, entre uma e outra dança, nos pontos de água potável, como se adapta a bebidas diferentes nas noites quentes de bailes prolongados.
O consumo consciente de água é incentivado e para isso optámos por utilizar torneiras automáticas, construímos casas de banho secas e promovemos também o uso de água não tratada em muitos autoclismos das sanitas convencionais.
Uma outra aposta nesta edição é melhorar a informação e a monitorização, reduzindo o desperdício em todas as áreas do festival. Procuramos reduzir consumos desnecessários e promover a reutilização de diversos materiais.
Melhores hábitos
Uma das constantes preocupações tem sido a deslocação para o festival. Tentamos promover ao máximo o encontro entre Andantes e motivar a partilha de boleias, divulgar as opções de transportes colectivos e organizar deslocações em grupo. Desta forma reduzimos a energia consumida para chegar ao Andanças bem como as emissões gasosas.
A reciclagem está também sempre presente através da recolha selectiva de resíduos em mini-ecopontos espalhados por todo o recinto. Há ainda pontos de recolha de pilhas usadas, rolhas de cortiça e óleos alimentares usados. Os resíduos orgânicos são separados para compostagem local.
Este ano vamos quantificar as beatas produzidas no festival. Se fumas, traz contigo um cinzeiro de bolso, o que contribui para reduzir as beatas do chão e também o risco de incêndio. 

Economia Local/regional
No Andanças tenta-se o mais possível confeccionar refeições com os ingredientes da época e produzidos localmente. Os fornecedores locais, regionais e nacionais são a nossa primeira opção. É melhor para a saúde, o planeta e a economia local.
A energia do Sol como alternativa energética está a ser usada em iluminação, no aquecimento de água e na cozinha (com o forno solar).
Consideramos que o Andanças tem um papel ativo na sensibilização e influência de todos que por aqui passam mostrando que há procura e espaço para alternativas mais sustentáveis.
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Ethno Portugal 2015
Ethno Portugal 2015
No palco mal iluminado, onde a luz cheia da lua não chegava, os olhos de Johana brilharam e foi como se, por momentos, todo aquele espaço se tivesse enchido com o seu brilho. “Quando  se comunica através da música e da dança, coisas mágicas acontecem. Isto é o Ethno, uma coisa mágica”, disse, concentrando naquelas palavras a essência de um projecto que há dois anos traz até Portugal jovens músicos de diferentes nacionalidades. Bailarina de danças tradicionais suecas, de onde é originária, Johana integra pela primeira vez este ano, com sete outros bailarinos, o grupo de dança que acompanha os jovens músicos. “É o primeiro ano em que o Ethno inclui danças, o que faz todo o sentido já que a música tradicional e a dança são praticamente uma.” Diz-nos Juan Ramon Campos , o coordenador e organizador deste projecto que trouxe para Portugal com a PédeXumbo há um ano.

O projecto Ethno começou na Suécia há 25 anos e espalhou-se pelo mundo, muito além das fronteiras do continente onde nasceu, em países como a Índia, a Jordânia, a Austrália, e no qual participam jovens de todo o mundo. “Este é um projecto de jovens músicos, muito, muito especial”, diz-nos Juan, carinhosamente conhecido como Juanra, com um entusiasmo que nem o cansaço da intensidade dos últimos dez dias consegue ofuscar, “é um projecto que está a criar grandes orquestras, entre 30 a 100 músicos. O mais interessante do projecto Ethno é que não há partituras. É tudo para aprender a tocar de ouvido. E são os próprios músicos a propor ao resto dos participantes músicas dos seus países”, explica.
Existe algo unificador na música, na universalidade da sua mensagem, mesmo quando se manifesta de formas tão distintas. Imaginar que um grupo de estranhos crie num espaço de 7 dias uma simbiose que se compões de bases musicais diferentes, mais tudo o que os distingue como seres únicos nascidos no seio de outros países e culturas, é sintomático do sucesso deste projecto. Este ano são 60 participantes, entre músicos, bailarinos e coordenadores musicais. Vêm da Holanda, Bélgica, Portugal, França, Espanha, Suécia, Alemanha, Irlanda, Inglaterra, entre outros países da Europa .

“Intenso” é um adjectivo que ouvimos amiúde quando falamos com os protagonistas do Ethno Portugal 2015. Viver os últimos 7 dias, 24 horas sobre 24 horas com as mesmas pessoas, torna esse sentir inevitável, assim como a aprendizagem em tempo limitado e o próprio fato de se estar a viver como se dentro da música dos outros que se torna nossa.

As ruas de Castelo de Vide, Valência de Alcántara (Espanha) e Ponte de Sôr, encheram-se de sons e de mundo, com os espetáculos da orquestra Ethno Portugal 2015, que ali partilhou o fruto do seu trabalho. O que é o final para uns, transforma-se no começo para outros, e neste entrelaçar de continuidades o projecto Ethno Portugal 2015 foi o mote das boas vindas ao Andanças no palco principal num concerto eletrizante. A visão, que alguns apelam utópica, cantada por John Lennon, tornou-se realidade. Não foi difícil sentir no que se viu e ouviu, naquela comunhão e partilha musical, que éramos um só, num mundo sem fronteiras, sem guerras – um mundo de todos. E este é o poder da música e da dança e o legado de tudo que se partilha e acontece no Andanças. 

Reportagem vídeo.
Jornal #2 - Terça-feira
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Estamos cá todos
Domingo, 2 de Agosto. O festival começa amanhã, a maioria dos voluntários já cá está, ou chega hoje. Muitos combinaram boleias, alguns vieram de transportes, outros chegaram de bicicleta e houve até quem viesse a pé, de Lisboa. Há encontro marcado às 14h, para nos conhecermos uns aos outros, e organizar equipas.
Mas o trabalho já começou antes, para alguns. Para o pessoal das montagens este é, aliás, o momento final do trabalho. Passaram cá a última semana, a tratar de que o espaço que agora vemos fosse o que é. Outros houve que vieram em alturas diferentes durante os meses de Junho e Julho. Os voluntários das bilheteiras e recepção de artistas já começaram a receber formação no sábado. Os responsáveis pelo lixo já estiveram a preparar os caixotes de recolha selectiva. Alguns coordenadores, também eles voluntários, trabalharam há distância, todo o ano.
Todas as áreas necessárias ao funcionamento do Andanças trabalham com equipas de voluntários. São cerca de 50 equipas, 700 pessoas Este é um modelo de funcionamento que introduz alguma imprevisibilidade na disponibilidade e na gestão de expectativas, mas é um dos pilares do festival. 
Permite não só a independência de poderes políticos, comerciais e financeiros, como a transmissão do espírito de cooperação, boa-vontade e sentido de pertença que fazem parte da Carta de Compromisso da PédeXumbo. A utilização do voluntariado põe também em prática aspectos do modelo organizacional que se pretende promover: compensação justa e criativa e valorização do trabalho; o prazer de construir algo em conjunto.
São estas também as principais motivações dos voluntários: participar verdadeiramente do festival, sentir que se contribui, saber como funciona, conhecer outras pessoas. O voluntariado integra-nos num festival, que assim sentimos como nosso.
Depois da reunião geral, formam-se então as equipas, que se espalham pelas suas zonas de acção. Começa neste momento uma semana de dança, e de trabalho. O trabalho que permite a voluntários e não voluntários usufruir da melhor maneira do Andanças de todos.

Reportagem vídeo.
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O sussurro deste local
A Barragem de Póvoa e Meadas é alimentada pela Ribeira de Nisa, a mais longa do concelho de Castelo de Vide, e por outros pequenos cursos de água. Foi construída em 1927 com a finalidade de produzir energia elétrica, tendo sido a primeira central hidroelétrica do país. Estende-se ao longo de 6 km de comprimento e caracteriza-se pela presença de afloramentos rochosos graníticos no seu leito, que tão bem acolhem os nossos palcos, e que contribuem para este cenário particular e de grande beleza.
Para que nos possamos integrar e respeitar este espaço da melhor maneira, poderemos encontrar no espaço do jornal durante estes dias um pouco da sua história, geologia e biologia, dando-se hoje lugar a uma curta apresentação da biodiversidade animal. Esta área integra variados habitats com grande interesse para a conservação da natureza. Aves, anfíbios e répteis, são alguns dos grupos existentes a destacar, pela sua ligação ao meio aquático, que com outros constituem uma enorme riqueza faunística.
As aves, animais graciosos, dançarinos e voadores, como os andantes, formam numerosas comunidades, algumas consideradas raras e difíceis de observar. São exemplos a cegonha-negra, a águia-de-bonelli e o grifo; e outras mais comuns, como o gavião, a águia-cobreira, o milhafre, o tartaranhão, o bufo-real e a coruja-do-mato. Durante a Primavera e o Verão, o borrelho-pequeno-de-coleira é uma presença regular ao longo das margens, o milhafre-preto pode ser visto a voar sobre a albufeira e a águia-calçada também é vista com frequência a voar. Os mamíferos marcam também uma forte presença:  javalis, veados, lontras, raposas e texugos são alguns exemplos das espécies que também por aqui habitam.
Para que possamos conhecer melhor esta terra e a sua envolvência, o Andanças convida-nos a alguns passeios para conhecer a região: um passeio a Rodão ou uma visita à Central Hidroelétrica de Póvoa e Meadas são algumas das sugestões para esta tarde, seguindo-se na quarta-feira Andamentos pela aldeia. Para além disto, ao longo da programação podemos encontrar uma variedade de actividades ligadas a este espaço e vida, que nos acolhem. E o que todos podemos fazer: parar, sintonizar e observar.
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Sugestões para hoje
Traballo – TRAdição e BAiLe
Autêntico testemunho da tradição italiana da região de Marche. O grupo de baile criado em 2008 conta já com várias participações no festival Andanças, onde deixou o seu cunho da música e dança com raízes tradicionais.  Em cada edição, os Traballo insistem em conquistar-nos com vasto um reportório de carisma popular italiano, e convidam-nos a dançar Saltarello, Paroncina, Quadriglia, Pirulì e demais polifonias.

Impossível ficar indiferente a este cocktail explosivo de folk popular. O primeiro baile é já amanhã às 0h30 no Palco Carvalhos. Não percam também as oficinas de Italianas: Terça 16h – Palco Carvalhos ; Quinta 17:45 – Palco Menir.
Pão às 10:00
Neste cenário de tradição e cultura popular surge o pão às 10:00. A Pé de Xumbo brinda-nos com mais uma bonita iniciativa gastronómica no espaço Forno. Nesta edição do festival será possível experimentar um verdadeiro pão artesal produzido por uma técnica tradicional e cozido no forno a lenha. A equipa de voluntários do Forno reúne-se cada manhã às 6:30 para amassar a massa e fazer o pão que alimenta a comunidade Andanças. O Forno que coze o Pão convida todos a aparecer, cada manhã às 10:00 para poderem experimentar este nosso Pão. Os pães que não forem todos vendidos no local poderão encontrar o seu dono numa mercearia perto de si. É só levar uma chapinha!
Jornal #1 - Segunda-feira
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Em Construção
Na chegada de mais um Andanças, somos recebidos por um espaço que já foi trabalhado por gentes que habitam a vizinhança da barragem há algum tempo. A esta equipa juntam-se novos braços de voluntários que, chegados há uma semana, trazem novas energias e frescura aos que por já cá estão para enfrentar a reta final, em que o cansaço já se nota e o início de mais um festival se aproxima. 
A montagem é feita artesanalmente com o contributo das mãos que, sem muita certeza, vão aparecendo para ajudar. Coordenados principalmente pelo conhecimento e confiança que se gera, as tarefas são distribuídas conforme as aptidões de cada um. E cria-se uma família, com membros de há vários anos e outros que se juntam pela primeira vez... Trabalhamos como formigas, porque as coisas vão aparecendo feitas e o recinto foi ganhando forma,  diz-nos o Filipe, um dos coordenadores da equipa Montagem. Isto para que agora, este espaço, com a sua história e vida, onde já se incluem memórias dos andantes que por aqui passaram estes dois anos, nos possa receber para mais uma edição.
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A chegada
O Andanças começa com a partida para o festival. Várias possibilidades estão à disposição para a viagem, cabe a cada um optar pelo meio de transporte que considera ideal.
Há quem venha confortavelmente na sua mota, carro ou caravana. Há quem prefira o transporte público e venha de combóio ou autocarro. Há quem opte por dividir custos e partilhe o carro ou mesmo quem simplesmente apanhe uma boleia. Todas são possibilidades.
Numa outra perspectiva de viagem mais contemplativa (e ecológica), há quem recorra à própria força física (e mental) e opte por um meio mais demorado, ousado e difícil, e tenha chegado de bicicleta ou a pé!
De bicicleta durante dois dias, artilhados de malas e bagagens, e com muita força de vontade chegaram o Jaime e o João, dois voluntários da montagem do festival. Chegaram há uma semana para trabalhar na construção dos espaços. Falam das estradas bonitas percorridas pela madrugada-manhã, sem carros, onde a luz do amanhecer os conquistou. Dos primeiros sons que se ouvem com o nascer do sol. De estarem sozinhos na estrada. E depois de muito pedalarem, das forças começarem a escassear e da subida que se avizinha, passa um outro ciclista que os cumprimenta e dá força. E porque depois da subida vem a descida, as energias renovam-se, o pedalar fica mais suave e o caminho mais curto. 
Chegaram exaustos mas com um sorriso redobrado para animar a construção do Andanças. A pé durante 7 dias, 208 Km e após cerca de 285 mil passos chegou um grupo de cinco caminhantes. Começaram às 3h da manhã de sábado, caminharam em média 10h por dia e concluíram o percurso no sábado seguinte ao meio dia. Um desafio arrojado que testa os limites do corpo. Este grupo ultrapassou os próprios limites. O Duarte organizou a 2ª edição da caminhada Andanças e diz que foi graças ao respeito e à bonita noção de grupo que todos os que começaram conseguiram chegar ao fim. E – o mais importante – juntos! A caminhada criou laços fortes entre as pessoas ao mesmo tempo que elas criaram um grande compromisso com o corpo, o tempo e a distância. Bonita e merecida concretização!
Cada um dentro do grupo teve o seu papel, a Maria tinha sempre as respostas para todas as perguntas, o Zé era um tipo de “entreteiner” sempre bem disposto. Ele diz “se uma experiência é criar memórias inesquecíveis os meus pés lembrar-se-ão nos próximos 3 meses, as minhas pernas nos próximos 6, mas a minha mente para o resto da vida!”. A Luísa era a única que não tinha visão nocturna mas a dada altura já caminhava de dia, com a Diana, de olhos fechados, numa espécie de relaxamento a dois. A Diana apercebeu-se que tudo no dia-a-dia é muito rápido e extremo. Muitas vezes chegamos em 15 minutos a um lugar oposto da cidade, em 12h ao lado oposto do globo e não nos apercebemos da distância que separa cada lugar. Isto porque nos deslocamos de metro, de carro, de avião... A pé não é assim! Tudo se sente, cada passo, cada pedra no caminho, cada pessoa que se cruza connosco, cada lugar onde se chega... e tudo é lento, demorado, longe e difícil. E só no fim de cada dia e de cada objectivo atingido é que percebemos o quão lentos e mal-humorados podemos ser.
Agora, apesar das dores todos se sentem bem, felizes e com imensa energia para dançar!
Sejam todos benvindos!
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Sugestões Jornal Andanças para Segunda
AI! 19:30hrs, Anfiteatro
E se ao irmos para o trabalho o fizéssemos a cantar? Ou se o fizéssemos enquanto trabalhamos? O trio Ai! de César Prata, Suzete Marques e Tiago Pereira, apresentam os  “Cantos do Trabalho” do seu último álbum “Lavra Boi Lavra”, recriados e recuperados da tradição oral Portuguesa.  Cantos  “para aliviar a canseira da dureza da labuta, para distrair o corpo” dos tempos em que era da terra que vinha o sustento. Estarão hoje, no palco intímo do novo anfiteatro, para um final de tarde  que se antecipa idílico. Uma viagem sonora a outros tempos e o convite à reflexão das músicas que já não cantamos ao trabalhar.
Baile das Histórias (Baile mandado) Pé de Xumbo, 22:15 hrs, Palco Carvalhos
A PédeXumbo, através de um baile mandado, evoca as personagens  da artista Paula Rego, que ganharão vida na tela gigante do palco Carvalhos. Ali nasce também um universo de lengalengas, contos,  histórias, ditos antigos e cantilenas de crianças onde o espetador se transforma no ator (não 
faltando os adereços), passando a fazer parte da grande roda bailada, que se vai preenchendo, como na vida, de personagens inesperadas,  risos, movimento, interligando gerações através das histórias ao som das quais crescemos e nas quais  criamos o nosso imaginário colectivo.
Danças Urbanas com Light Roots, 22:15 hrs, Palco Menir
O ritmo urbano e contemporâneo ficará marcado no Palco Menir pelo colectivo de arte urbana de Badajoz, os Light Roots, que se iniciaram no último Andanças como uma proposta de trabalho para o festival. Entre músicos e dançarinos com uma visão multidisciplinar do hip-hop, um concerto oficina para derrubar fronteiras e transformar os movimentos da dança urbana nos movimentos de todos, e trazer sonoridades funk às noites do norte Alentejano.
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