
O que nos alimenta é fruto de uma troca que mantemos com o que nos rodeia, em consciência da importância que esse alimento tem para com o nosso bem estar, de modo a nos permitir viver na plenitude do nosso ser. Para além dos alimentos sólidos que nos dá a Mãe Natureza, vivemos de estados energéticos pouco palpáveis que nos permitem assimilar emoções e sentimentos que nos preenchem o outro lado da vida.
A nossa “alimentação” pode melhorar a nossa energia, vitalidade e flexibilidade assim como o nosso bem estar mental e criatividade. O estar bem nutrido permite-nos desenvolver as nossas capacidades intuitivas, instintivas, intelectuais e consente-nos chegar a níveis mais elevados de crescimento espiritual. Relevamos saúde se estivermos em sintonia com o que sentimos, pensamos, dizemos e fazemos, numa consciência e aceitação com o que nos envolve.
O aspeto espiritual da alimentação compreende a escolha, a preparação, a aceitação e o ato de mastigar a comida. O alimento que é selecionado com cuidado, preparado com amor, aceite com gratidão e ingerido com pureza, torna-se um tônico para a alma e para o corpo.
O ingrediente básico é a consciência. Onde a consciência é limpa, preenchida com amor e desapego, a comida é purificada e isso também purifica o corpo. Como resultado, a mente torna-se limpa, ficando livre de desejos e da atração aos órgãos dos sentidos. Importa também referir, que nessa escolha, é necessário flexibilidade e reajuste a cada momento em que vivemos.
Alimente-se num todo, tirando partido de cada parte. Consuma alimentos saudáveis, de produção biológica e sazonal, com diversidade e de preferência não transformados, integrais. Reduza a sua pegada ecológica! Seja grato a quem semeia, colhe e prepara os alimentos! Opte por um estilo de vida simples e descontraído, faça desporto, dance, sobretudo partilhe e dê amor a quem o rodeia.
Temos o livre arbítrio para escolhermos comer e viver como quisermos, mas há uma responsabilidade inerente a cada uma das escolhas que fazemos. Não existem alimentos proibidos mas existe um critério individual a partir do qual podemos escolher duma forma mais responsável e consciente. A nossa saúde e a felicidade começam em cada um de nós, e as nossas vidas são em grande parte, um reflexo das nossas escolhas e prioridades. (Margarida Lopes e André Tereso)